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O que o movimento sindical não aprendeu com a eleição de Bolsonaro?

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Era 28 de outubro de 2018 quando, ao entardecer, o resultado das urnas finalmente foi divulgado. Estava consolidada a eleição de Bolsonaro.

Nesse momento, o que era inicialmente improvável tornou-se realidade: o representante da extrema-direita que começou a campanha presidencial com apenas 10 segundos no horário eleitoral de televisão era eleito presidente do Brasil.

O medo se instalou. Por um tempo, a incredulidade foi a única resposta possível ao resultado das urnas. Pouco se sabia sobre o que estava por vir.

Entre as dezenas de dúvidas, havia pelo menos uma certeza: a comunicação se tornou, mais do que nunca, a ferramenta mais estratégica nas disputas políticas!

Poucos duvidam de que a extrema-direita soube usar como nenhum outro setor político o poder da comunicação na era digital.

As densas redes de comunicação, orientadas na maioria das vezes para a mentira e para o discurso de ódio, foram acionadas estrategicamente.

Foi um verdadeiro trabalho de formiguinha: de celular em celular, as famosas fake news se espalharam descontroladamente e foram lidas como verdades absolutas.

O monstro cresceu demais e grande parte da população se viu paralisada diante dele.

Mas engana-se quem pensa que essa estratégia começou em 2018.

A extrema-direita se organiza há vários anos pela internet, investindo em métodos cada vez mais refinados e modernos para conquistar as mentes e os corações dos brasileiros.

Não é exagero dizer que o resultado das eleições de 2018 apenas comprovou o gigante poder comunicativo que Jair Bolsonaro conquistou nos últimos anos.

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Mas a eleição de Bolsonaro se deve somente à direita?

Do lado de cá, especificamente no movimento sindical, vimos o contrário: uma comunicação cada vez mais atrasada.

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) comprovam que há um verdadeiro abismo entre a classe trabalhadora e o movimento sindical.

Em 2015, apenas 19,5% dos trabalhadores eram sindicalizados e o principal motivo para a não filiação era desconhecer qual sindicato representava a categoria.

Em outras palavras, as entidades estão isoladas a ponto de os trabalhadores não saberem nem mesmo da existência do sindicato que os representa.

O que é isso, se não uma falha colossal de comunicação? Esse deslize, infelizmente, custou caro.

Diante dessa realidade, precisamos ser sinceros: essa falha deixou o caminho mais livre para a extrema-direita passar!

O erro? Desprezar justamente a ferramenta que ajudou a eleger Bolsonaro: a comunicação.

E admitir essa falha é o primeiro passo para superá-lo.

 

E agora, o que fazer?

Nada de se martirizar. Agora é hora de colocar a mão na massa.

O fato é que, para o movimento sindical reconquistar o seu protagonismo nas disputas, ele precisa reconhecer que a comunicação é, sim, pilar central de uma estratégia política.

Mas aí entra um ponto um pouco mais complexo: não basta fazer qualquer comunicação. Explicamos.

Hoje, as disputas simbólicas se dão em um ritmo frenético e um ambiente midiático muito complexo.

Há uma nova maneira de consumir informação e conteúdos, e ela não abarca mais as velhas práticas da comunicação sindical.

As redes sociais, os aplicativos de mensagens, as técnicas de visibilidade no ambiente digital, todas essas ferramentas exigem novas habilidades. Ignorá-las significa continuar no isolamento.

A eleição de Jair Bolsonaro escancarou que entrar na disputa política sem investimento em comunicação é como entrar em uma guerra sem armas.

Por isso, o movimento sindical precisa se atualizar e investir em uma comunicação ágil e moderna se quiser sobreviver.

A missão nesse momento é absorver essa realidade, arregaçar as mangas e revertê-la!

 

E por onde começar?

Primeiro: encare o Marketing como uma ferramenta de trabalho.

Ele é um conjunto de técnicas criadas para construir relacionamento e conquistar um determinado público. Portanto, vamos aproveitá-las em benefício da luta sindical.

Segundo: com um smartphone em mãos, é possível acessar todo tipo de informação, a qualquer momento.

E é por meio das redes sociais que a maioria das pessoas tem se comunicado. Por isso, vamos aplicar as técnicas do Marketing no universo digital.

Terceiro: para aplicar essas técnicas corretamente e superar os resultados desejados, é preciso estratégia.

Para facilitar, organizamos um e-book com 22 estratégias de marketing digital aplicáveis para o sindicato.

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Você também pode solicitar um orçamento para que possamos cuidar da sua comunicação digital. São diversas estratégias que podemos implementar na sua entidade que farão diferença.

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One Reply to “O que o movimento sindical não aprendeu com a eleição de Bolsonaro?”

Abridor de Latas

Poderia acrescentar “masoquista” nos adjetivos, já que nenhum governo foi tão cruel contra os servidores e contra os sindicatos do que o governo de Jair Genocida Bolsonaro. Se você tem uma acusação a fazer contra alguém, que o faça perante a Justiça (caso contrário, se você sabe de algo e não conta você se torna cúmplice). “Aula de esquerdismo” é uma expressão interessante. Esperamos que você tenha aprendido algo com essa “aula”. Abraços.