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8 segredos para gerenciar crises no sindicato

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Toda entidade sindical pode passar por situações difíceis. Não é raro para dirigentes ter que gerenciar crises no sindicato.

São momentos geralmente passageiros, mas que, se não forem administrados corretamente, podem afetar a relação com os trabalhadores de forma permanente.

No movimento sindical, a crise pode ser desencadeada, por exemplo, por uma negociação coletiva que não foi tão boa como a categoria esperava, ou pelos ataques das empresas ou do governo, ou ainda motivada por campanhas difamatórias contra as entidades sindicais – e sabemos que elas são cada dia mais comuns.

Por isso, o surgimento de uma crise nem sempre está ligado a alguma fragilidade da entidade ou a decisões da diretoria.

É claro que esses fatores auxiliam na geração de situações conturbadas, mas elas podem surgir por diversos motivos e nas horas mais inesperadas.

Cabe à entidade evitar a crise ao máximo e, caso ela ocorra, lidar da maneira mais eficaz para solucioná-la.

O seu sindicato está preparado para enfrentar esses momentos?

Para ajudá-lo na resposta, nós separamos 8 dicas para administrar as crises na relação da sua entidade com os trabalhadores.

São orientações valiosas para três períodos decisivos em qualquer instabilidade: o anterior, a crise propriamente dita e o posterior.

Período anterior à crise

Prever as crises

Como vimos no início do texto, os fatores que geram crises podem não ter relação direta com a conduta da diretoria, mas isso não diminui a importância da tarefa de prever as crises.

Ninguém melhor que os dirigentes para conhecer a fundo a dinâmica que envolve as lutas da sua entidade.

Quais setores patronais geralmente atacam o sindicato?

Em que região os trabalhadores tendem a ter menos identificação com a diretoria?

Quais negociações coletivas podem terminar favorecendo os patrões e, consequentemente, afetar a imagem da entidade?

O diagnóstico preciso do cenário político em que o sindicato atua é a melhor fonte das informações que auxiliam na previsão de crises.

Ter uma equipe de comunicação capacitada

As crises afetam a imagem dos sindicatos. E imagem tem tudo a ver com a maneira como o sindicato se comunica com a base e com a sociedade.

Essas crises de imagem podem causar perda de confiança, de legitimidade, de poder de representação e, claro, de filiados.

A melhor maneira de preservar a imagem do seu sindicato é investir em uma equipe de comunicação apta a lidar com as crises com profissionalismo.

Afinal, solucionar essas situações é um trabalho diretamente ligado à comunicação – e começa muito antes da crise explodir.

Fortalecer a imagem do sindicato

Os sindicatos que tentam diálogo com os trabalhadores somente em momentos de crise dão um tiro no próprio pé.

Como a conexão com a base não foi fortalecida previamente, a eficácia da comunicação durante a instabilidade tende a ser quase nula.

Quanto mais forte a interação entre o sindicato e a base em todos os momentos, menores são as chances de uma crise afetar a imagem da entidade.

O motivo é simples: a legitimidade de um sindicato precisa ser construída de forma permanente!

Oferecer orientações e esclarecimentos à categoria, informá-la sobre o cenário político e lembrar dela em datas comemorativas são apenas algumas das estratégias disponíveis para fortalecer o vínculo com os trabalhadores.

Criar canais de diálogo com a categoria

Não adianta criar ferramentas de diálogo com a categoria no “olho do furacão”: esses canais precisam ser construídos e fortalecidos antes das crises.

Um site sempre atualizado, redes sociais atuantes, um banco de dados organizado, um informativo impresso, uma lista de transmissão no WhatsApp, são vários os instrumentos disponíveis para que os conteúdos do sindicato cheguem a mais pessoas. Só que eles precisam estar sólidos antes da instabilidade, concorda?

Durante a crise

Usar todos os canais de comunicação disponíveis

Acabamos de abordar a importância de criar canais sólidos de diálogo com a categoria, certo? Agora chegou a hora de falar sobre como utilizá-los!

O momento de crise é marcado pela disputa de interpretações sobre uma determinada situação. Vamos voltar ao exemplo de uma negociação coletiva que não atendeu aos anseios dos trabalhadores. Nesse caso, há várias interpretações “em jogo”.

O sindicato teve ou não teve culpa?

O que o sindicato fez para evitar esse resultado?

Por que os empregadores são os verdadeiros culpados?

Qual o peso que a Reforma Trabalhista teve para esse cenário?

Esse turbilhão de questionamentos surge entre os trabalhadores e cabe ao sindicato defender a sua posição diante dos fatos.

Por esse motivo, ter canais sólidos de diálogo com a categoria é essencial para se comunicar com ela em momentos decisivos.

Sintonia entre os setores do sindicato

Um passo fundamental para vencer a disputa de interpretações que mencionamos acima é manter a coerência entre todos os setores do sindicato durante a crise. Diretoria, assessoria jurídica, equipe de comunicação e representantes de base precisam estar alinhados para disseminar a mesma mensagem e evitar “ruídos” no diálogo com os trabalhadores.

Se a fala de um diretor em uma assembleia não estiver alinhada ao conteúdo que o sindicato posta nas redes sociais, por exemplo, temos uma triste notícia: a crise vai tornar as fragilidades da entidade muito mais visíveis.

Monitorar a repercussão

Em um mundo conectado, qualquer pessoa pode fazer uma publicação nas redes sociais e atingir um grande público.

Por isso, mais do que nunca, os momentos de crise demandam o monitoramento das reações dos trabalhadores e de outros setores da sociedade. Esse trabalho é fundamental para averiguar o que o sindicato pode fazer melhor.

Esse acompanhamento precisa ser feito de forma permanente e profissional. Existem até plataformas digitais que auxiliam nessa tarefa, mas elas precisam ser administradas por quem compreende detalhadamente os fluxos de comunicação durante uma crise.

Período pós-crise

Analisar as estratégias e corrigir os erros

Engana-se quem pensa que o trabalho acaba quando a turbulência passa. Ao voltar à normalidade, a tarefa prioritária de todos os setores do sindicato é analisar de maneira crítica as estratégias empregadas durante a crise e cortar pela raiz tudo que deu errado.

O maior problema foi a ausência de canais sólidos de comunicação com o sindicato? Então é hora de reverter essa fragilidade.

Ou foi a falta de sintonia entre as mensagens difundidas durante a crise?

Como pudemos ver, a administração de crises é um trabalho permanente que precisa envolver todos os setores do sindicato, principalmente a equipe de comunicação. Ela é a maior defensora da imagem da sua entidade.

Seguindo em frente

Uma crise pode trazer ruína ou força à imagem de sua gestão. Veja:

Ruína: quando não se administra os três estágios da situação:

(1) pré-crise

(2) crise

(3) pós-crise.

O dirigente que age assim entrega de bandeja o sindicato para a oposição.

Força: quando bem administrada, a crise se torna uma história de sucesso. A categoria se orgulha de um líder que transmite superação, confiança e garra para vencer qualquer batalha.

Logo, é perfeitamente possível usar a crise para inspirar a base e garantir que sua gestão tenha ainda mais apoio na luta pelos direitos dos trabalhadores.

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Equipe Abridor de latas Comunicação sindical

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