Para que a fome seja erradicada nos próximos 15 anos, serão necessários US$ 267 bilhões por ano em investimentos em áreas rurais e urbanas e em proteção social. Esse valor representa US$ 160 por ano por pessoa em situação de extrema pobreza.
Os dados foram apresentados em relatório realizado da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida) e do Programa Mundial de Alimentos (PMA) divulgado em julho.
O estudo aponta que, mesmo com os progressos no combate à fome mundial, aproximadamente 800 milhões de pessoas não têm comida suficiente e a maioria delas encontra-se em zonas rurais.
Em 2015, o prazo, estabelecido pela Organização das Nações Unidas (ONU), para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODMs) acaba.
As metas foram consideravelmente alcançadas, pois são 210 milhões de pessoas passando fome no mundo a menos do que no período de 1990 e 92, cruzando dados do relatório anual sobre a fome da Organização das Nações Unidas (ONU), divulgado em maio deste ano, e os da FAO.
Além da redução da pobreza e da fome, as metas puderam alcançar números positivos em outros setores mundiais, como a expansão da tecnologia sustentável e a reconstrução de nações após conflitos.
“Não há falta de recursos no mundo para acabar com a fome, há falta de vontade política”, afirma o cientista político e diretor da agência Abridor de Latas – Comunicação Sindical, Guilherme Mikami.
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
Porém o combate à fome continua. Em vista disso, na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável – Rio + 20 realizada em junho de 2012, foi lançada a Agenda Pós-2015. No evento, foi lançado um conjunto de metas que irão substituir os ODMs: são os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs).
Os ODSs terão como foco os três pilares fundamentais da sustentabilidade – o social, o ambiental e o econômico. Portanto, além das questões sociais abordadas anteriormente pelos ODMs, o meio ambiente e a economia terão maior atenção nas novas metas da Agenda Pós-2015.
Desafio Fome Zero
O Rio + 20 também trouxe o lançamento da campanha Desafio Fome Zero, que conta com o apoio da FAO, do Programa Mundial de Alimentos (PMA), do Fundo Internacional para o Desenvolvimento da Agricultura (Ifad) e do Banco Mundial (BM).
Com cinco objetivos, o Desafio irá combater a fome juntamente aos ODSs. As metas que buscam erradicar a fome no mundo são 100% de acesso a uma alimentação nutritiva e suficiente durante o ano a todos; fim da desnutrição na gravidez e na primeira infância; criação de sistemas alimentares sustentáveis em todo mundo; aumentar a produtividade e rendimento dos pequenos agricultores; e erradicar o desperdício de alimentos.
“Os avanços no combate à fome mostram que as políticas públicas têm resultados e, por isso, elas precisam continuar até que o alcance seja realmente expressivo. A redução do número de pessoas que passam fome deve ser comemorada, precisamos lutar para que um dia possamos celebrar a notícia de que a fome foi completamente erradicada”, afirma Mikami.
Como as campanhas sindicais podem mudar o rumo do Brasil
Por que a esquerda tem menos “cultura de engajamento” do que a extrema-direita?
Medo e paranoia: a tática de comunicação de Bolsonaro desvendada
[eBook] Direitos trabalhistas têm história, não caíram do céu!
Oi,
o que você achou deste conteúdo? Conte para a gente nos comentários.