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8 dicas de ouro para reinventar o sindicato depois da Reforma Trabalhista

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Depois da Reforma Trabalhista, que veio para quebrar a espinha do movimento sindical, as entidades que representam trabalhadores precisam adotar uma nova postura.

De certa forma, essa reforma conseguiu enfraquecer muitas entidades.

Um novo cenário surgiu a partir dali. O que fazer?

Mesmo com muita resistência, a Reforma Trabalhista foi aprovada. Com ela, instaurou-se uma grave crise nos sindicatos brasileiros, que não contam mais com o imposto sindical e ganharam novas responsabilidades.

Como se não bastasse, as elites e a velha mídia encabeçam grandes campanhas difamatórias contra as entidades sindicais.

Aos poucos, dirigentes viram a opinião pública e grande parte dos trabalhadores se voltarem contra eles. 

Reforma Trabalhista veio para destruir os sindicatos

Não é exagero dizer que o plano das elites saiu exatamente como elas queriam!

Esse cenário de ataques colocou em pauta a necessidade de renovação do movimento sindical.

Se você é dirigente, certamente já participou de alguma conversa sobre isso.

Uma das perguntas mais comuns neste momento é: “como reverter essa situação?”

Olha, pode parecer clichê, mas sabemos que toda mudança estrutural gera dificuldades.

Para o movimento sindical não é diferente. As novas dinâmicas do mundo do trabalho demandam dos sindicatos uma nova postura.

Mas tenha calma, nem sempre é preciso inventar a roda.

Depois da Reforma Trabalhista é preciso reinventar o sindicato

Algumas estratégias são velhas conhecidas do movimento sindical, mas que, por vários motivos, deixaram de ser prioridade com o passar do tempo. Por outro lado, existem saídas mais ousadas e alinhadas à realidade do nosso tempo.

Nós separamos 8 dicas que vão ajudá-lo a desenhar os caminhos da reinvenção dos sindicatos depois da Reforma Trabalhista. Que tal conferi-las? Veja abaixo:

Investir em formação política

A formação política, velha conhecida do movimento sindical, é peça-chave para a conscientização dos trabalhadores. Enquanto as elites investem em destruir a imagem dos sindicatos, os dirigentes precisam estimular uma outra maneira de interpretar o papel das entidades sindicais.

Ofereça cursos para a categoria, promova encontros e debates para falar sobre o que afeta os trabalhadores. Essa proximidade certamente vai surtir efeitos positivos para a seu sindicato.

Se quiser saber mais, veja este texto: Formação sindical e a comunicação sindical têm algo em comum?

Ter representantes de base

Muitos trabalhadores perdem a identificação com o sindicato porque não têm proximidade com ele. Para enraizar a atuação da sua entidade, priorize a formação sindical de representantes de base.

São eles os responsáveis por identificar os problemas enfrentados diariamente pela categoria. Eles se tornam porta-vozes do sindicato em cada local de trabalho. Esse contato direto potencializa a luta política.

Conquiste o apoio da sociedade

As elites não conseguiriam aprovar a Reforma Trabalhista se não tivessem conduzido a opinião pública a uma espécie de ódio em relação aos sindicatos. Os poderosos utilizaram boatos e informações distorcidas como estratégias. Infelizmente muitas delas funcionaram.

O movimento sindical precisa se apresentar novamente como um ator político legítimo e fundamental para a defesa dos direitos dos trabalhadores. Essa retomada só será possível com o apoio dos mais variados setores da sociedade. Campanhas são ótimas para isso. Veja aqui alguns exemplos.

Seja transparente

Grande parte dos preconceitos que atingem os sindicatos têm a ver com a falta de transparência. Por isso, mantenha a honestidade e a clareza na relação com os trabalhadores.

Preste esclarecimentos sobre a atuação sindical. Vale também publicar o balanço financeiro da entidade. Essa iniciativa simples é uma alavanca para a legitimidade da sua entidade.

Participe para valer das negociações

Com o prevalecimento do negociado sobre o legislado em vários pontos da negociação coletiva, a atuação do sindicato se tornou ainda mais central para garantir a dignidade dos trabalhadores.

Não são poucos os relatos de acordos e convenções catastróficas para diversas categorias.

Por isso, reinventar o sindicato nesse cenário exige que os dirigentes atuem com persistência ainda maior na mobilização dos trabalhadores.

Lembre-se de que quanto maior o apoio da categoria, mais força seu sindicato terá para fazer as negociações.

Mas isso só irá acontecer se a sua categoria estiver sempre bem informada.

Lembre-se de que a Reforma Trabalhista foi criada justamente para enfraquecer a sua relação com os trabalhadores.

Promova atividades presenciais

As atividades presenciais – as formais ou as de confraternização – são essenciais para reforçar a conexão com a categoria e o senso de coletividade entre os trabalhadores.

Não subestime essa estratégia!

Tenha uma política de comunicação eficaz

Um grave deslize cometido por grande parte dos sindicatos é ignorar a importância da comunicação para a luta política.

Vivemos em um momento em que o sindicato que não aparece é como se não existisse.

Por isso, a reinvenção dos sindicatos passa necessariamente pelo investimento em uma comunicação profissional, moderna e estratégica para a luta dos trabalhadores.

Priorize a agilidade da comunicação

Essa dica é complementa o ponto anterior. Aqui, estamos falando de técnicas e ferramentas que ajudam o sindicato a chegar aos trabalhadores com rapidez.

Em um mundo conectado e ágil, tudo funciona em um ritmo acelerado. Por isso, é impossível falar da reinvenção dos sindicatos sem falar na agilidade e na qualidade da informação.

Várias ferramentas podem ser utilizadas para fortalecer a conexão com a base: sites, e-mail de marketing, redes sociais, cartilhas, vídeos, informativos impressos… Os elementos escolhidos dependem do perfil da categoria.

Mas não adianta pegar essas ferramentas e começar a usá-las sem uma estratégia bem definida.

A qualidade do que o sindicato produz é tão importante quanto a quantidade.

Mas o meu sindicato ainda é muito criticado, o que fazer?

Uma das coisas que mais incomodam os dirigentes sindicais são as críticas que vêm dos trabalhadores da própria base.

Muitos fatores contribuem para isso. Mas temos uma boa notícia: é possível enfrentar esse problema e adotar estratégias para acabar com essas críticas.

Depois da Reforma Trabalhista, isso se tornou ainda mais importante.

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