“Fulano rouba, mas faz”
O famoso bordão “rouba, mas faz” faz parte do folclore político do Brasil, desde a década de 50 do século passado. Os cabos eleitorais do político Adhemar de Barros utilizavam a frase para amenizar as acusações contra o candidato.
Apesar de ter surgido em tempos passados, a frase ainda aparece no atual cotidiano político do país. E ela não surge apenas do lado dos candidatos que querem neutralizar seus erros. Muitos eleitores também soltam o bordão quando ele serve para algum político de estimação.
A corrupção no Brasil é um problema sério, que demonstrou sintomas ao longo dos anos e se tornou uma epidemia descontrolada. O papel do povo brasileiro, que tem o poder de escolher quem será eleito ou não, é impedir que os corruptos sigam se fortalecendo na política nacional.
Com a Lei da Ficha Limpa, muitos corruptos estão sendo impedidos de se candidatar. Contudo diversos escândalos políticos são amenizados pela própria mídia, que protege um ou outro candidato. Por isso, é importante se manter bem-informado e sempre pesquisar antes de dar a eles seu precioso voto.
“E só fazer por fazer também não resolve os problemas da população. Até porque a forma mais comum para desviar recursos públicos é, justamente, fazendo. Pontes, viadutos, portos, aeroportos, estradas, prédios e estádios são ótimas oportunidades para superfaturamento de obras”, afirma o cientista político e diretor da agência Abridor de Latas Comunicação Sindical, Guilherme Mikami.
A lógica inversa disso seria: se não fizer, não rouba. Mas, como o país não pode parar e o povo não pode ficar sem as políticas públicas, então a solução é mudar a cultura. Da política e do povo.
Nenhuma benfeitoria ameniza o desvio de dinheiro público para as já milionárias contas bancárias dos políticos e de seus agentes. Seja um centavo, ou milhões, o que vale é o ato, não o valor.
Abridor de Latas – Comunicação Sindical
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