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A educação é estratégia para a emancipação dos trabalhadores

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emancipação dos trabalhadores

“Quando a educação não é libertadora, o sonho do oprimido é ser opressor”. Essa frase de Paulo Freire, um dos nomes mais influentes da Educação no mundo mostra o quanto a educação é estratégica para emancipação dos trabalhadores.

A atualidade de seu pensamento expõe o quanto a educação é fundamental para a formação de uma sociedade emancipada, de homens e mulheres livres da exploração.

Entusiasta de uma nova forma de educar e, portanto, aspirante de um outro modelo de sociedade, Freire tinha conhecimento de causa sobre a questão da educação das classes populares.

Para o pensador, a educação tem um potencial de emancipação e liberdade fundamental para a superação do modo de produção capitalista.

E os poderosos sabem desse potencial. Não é por acaso que o seleto grupo das elites econômicas do mundo coloca seus tentáculos na educação dos países.

O Banco Mundial, instituição financeira responsável por gerenciar a acumulação de capital em nível global, vem impondo sucessivamente as suas diretrizes neoliberais ao sistema educacional.

O objetivo é claro: moldar a educação para que ela sirva unicamente para a formação do tipo de mão de obra que o capitalismo necessita e, ao mesmo tempo, garantir a manutenção do tipo de sociedade excludente na qual vivemos hoje.

Essa educação “amansada” não tem outro objetivo senão tentar moldar a classe trabalhadora para um mercado de trabalho cada vez mais sufocante e desigual, marcado pelo individualismo e pela competitividade.

Quanto mais individualistas os trabalhadores forem, mais eles se afastarão das lutas coletivas.

 

Em outras palavras, esse tipo de educação serve para o mercado de trabalho neoliberal!

Qual é o papel dos sindicatos diante dessa constatação? De que maneira o movimento sindical pode contribuir para a superação desse cenário e avançar junto com os trabalhadores em direção a uma sociedade mais justa?

Uma coisa é certa: não tem como superar um modelo de exploração sem combater os valores que o sustentam. A saída para o individualismo é a coletividade, assim como a solução para a competitividade é a consciência de que os trabalhadores estão do mesmo lado da trincheira!

Em outras palavras, a superação das desigualdades do capitalismo exige uma outra forma de interpretar o mundo. É aí que entram os sindicatos e a sua função de formação política dos trabalhadores!

Retomando Paulo Freire: a educação e a emancipação precisam caminhar juntas. Quando isso não ocorre, as consequências são catastróficas. Prova disso é que, hoje em dia, não faltam oprimidos querendo ser opressores.

Por isso, priorizar a educação e a formação política dos trabalhadores é um dever histórico dos sindicatos! Somente esse trabalho conseguirá reverter os danos causados por uma educação cada vez mais neoliberal.

 

Aí você pode estar se perguntando: por onde começar?

Como disse Vitto Gianotti, um dos maiores nomes da comunicação sindical e popular do Brasil, “o primeiro passo para vencer uma disputa é acreditar que vai ser uma disputa”.

Então acredite que você está entrando na briga como um competidor legítimo, que tem plenas condições de disputar a consciência dos trabalhadores.

O segundo passo é ser uma voz influente para a base. Você precisa criar uma conexão forte com os trabalhadores para ser ouvido.

Mais do que isso, ser considerado um aliado na luta pelos direitos. Na prática, para alcançar esse objetivo, aqueles valores que citamos lá em cima – a competitividade, o individualismo – precisam ser questionados.

Se esse é o empecilho, supere-os! Ofereça reflexões sobre o cenário político para a categoria. Fale sobre a importância histórica do movimento sindical. Exponha raciocínios alternativos aos que a grande mídia oferece.

Vá além das palavras de ordem e ofereça outra forma de interpretar o mundo. Somente assim o trabalhador verá sentido em lutar por seus direitos.

Agora que você está ciente da importância da educação e da formação política para a luta do seu sindicato, nós vamos sugerir um primeiro passo: que tal reunir alguns trabalhadores para um debate franco sobre o momento político?

 

 

O valor das ações

Todos nós temos facilidade em valorizar quem nos valoriza.

No relacionamento entre categoria e sindicato não é diferente.

O trabalhador percebe a entidade que o ajuda na luta por seus direitos e na ampliação de seu conhecimento. Em troca, oferece confiança e apoio.

E é na reeleição que o dirigente mais sente essa parceria. Uma gestão que sabe mostrar para a categoria o valor do seu trabalho, certamente será valorizada.

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10 Motivos pelos quais as elites querem acabar com os sindicatos

Equipe Abridor de Latas – Comunicação Sindical

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